terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Tenho trabalhos para fazer e ando a ver nomes de bébés...

Talvez o meu relógio biológico esteja a dar horas...Talvez já o tenha feito há algum tempo e só recentemente acredito que sou capaz de criar e educar uma criança a 100%. No fundo não acreditava nisso devido a um problema de saúde que tenho, não é nada de grave, mas ainda não lido bem com isso, evito contar às pessoas com medo que me rejeitem e tento levar uma vida normal. Mas tudo é uma questão de atitude, se encarar de ânimo leve e sem complexos, consigo tudo o que quero.

Hoje numa loja onde vendem artigos para trajes académicos, vi uma menina de três anos a apontar para uma chupeta de madeira e dizer: "mãe é quer' esta chucha!" e foi o despontar de muitos pensamentos e afins.

Esta tarde depois de chegar a casa dei por mim a ler uma lista de nomes próprios aprovados pelo registo civil. (Podes ver clicando aqui)

Oh, meu Deus... Sei que tenho muito tempo, mas gosto de planear algumas coisas, visto que sou muito perfeccionista até me imagino durante as primeiras semanas de gravidez a ler livros sobre bébés ou sobre nomes e significados.

No entanto, deu-me na cabeça começar a pensar em nomes. Acho que vou ser mãe galinha xD daqui a 4 anos ou mais... O engraçado é que ainda não sou financeiramente independente, nem tive namoros sérios, não sei o porquê desta obcessão por bébes agora. Alguém que já tenha passado por uma situação igual?

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Dançar até cair para o lado

Em plena véspera de visita de estudo, houve mais um jantar, mais uma saída de curso. E cada um tinha as suas prioridades. A minha era sair e aproveitar a noite ao máximo. O bónus era encontrar uma amiga com quem não estava à muito tempo e pela qual nutro uma grande admiração. É um bocado estranho, gosto muito dela, quero estar com ela, mas não me imagino envolver-me. Ela mais do que ninguém consegue falar comigo de uma maneira que até derreto-me por dentro.

Cheguei à discoteca e imediatamente procurei elementos do meu curso. Avistei-os e aproximei-me. Mostraram-se surpreendidos e animados por me verem. O ambiente ainda estava calmo. Enquanto esperávamos por mais pessoas. Olhei para o lado e avistei-a. É escusado dizer que fiquei mais animada. Mas calminha, nada de cenas desesperadas nem de ir logo ter com ela. Entretanto à medida que a noite avançava, chegou mais pessoal. Só após uma dose inicial de dança, fotos, shots e alguma conversa, é que decidi cumprimentá-la.

Vi-a a passar com uma amiga, entusiasmei-me um bocado e corri. A música estava alta e não me ouvi chamá-la. Uma rapariga atrás dela deu-lhe um toque e finalmente virou-se. Sorriu, cumprimentei-a com dois beijinhos, trocámos meia dúzia de palavras. Reparei que ela queria voltar para junto do grupo dela, então saí e fui para a zona onde estava o meu.

A noite continuou animada, aproveitámos para tirar fotos e os breves momentos de bar aberto em que a qualquer altura tinhamos autorização para nos aproximar do balcão e beber o máximo de shots que conseguissemos. Foi também uma oportunidade para conhecer melhor alguns colegas.

Saímos da discoteca de madrugada, à hora do fecho. Ela veio ter comigo e acabei por passar o resto da noite com o grupo dela.

Diverti-me muito e foi engraçado ver o lado mais rebelde dela. Conversei com os seus colegas e também com pessoal conhecido que encontrei.

No final da noite senti-me realizada, pois tinha cumprido o meu objectivo. Não trocava aquela noite, por nada do outro mundo.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Ela está cada vez mais sexy...

Sexy....
     Linda....
          Sociável....



              Natural...

                   Inocente...

                       Aplicadinha...


                              Brincalhona...

 
(Palavras que me vêem à cabeça quando olho para ela)
 
Só para assinalar que a rapariga mais sexy da turma, cortou o cabelo e está cada vez melhor :D

     Foto de Shay Mitchel


O gozo de "picar" quem conhecemos

Ultimamente noto que me sinto mais à vontade na minha casa do que propriamente quando estou "cá" por causa da universidade. Por isso dá-me um gozo enorme ir passar o fim-de-semana a casa, pôr a conversa em dia com as amigas e meter-me com aquela malta :P

Uma vizinha minha há tempos bate-me no carro, pois aparentemente estava escuro e ela não o viu. Agora quando nos encontrámos, perguntam-me onde estacionei (só para prevenir) e nas despedidas peço para ela não repetir o acidente ;) 

Com estas brincadeiras sinto-me livre, eu própria, as dúvidas e os receios que por vezes tomam conta de mim, desaparecem completamente!

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Receios antecipados para quê?

É bom estar de regresso à universidade. Conhecer a nova fornada de caloiros. Rever colegas de curso ou amigos que também estudam na mesma zona. Tudo isto é uma pitada de ar fresco para um ano que está prestes a ser concluído.

Confesso que nas férias um dos meus receios era estar na escola e por alguma razão dar demasiada bandeira a olhar para uma rapariga, por exemplo. Acabou por se tornar um medo um pouco idiota. Diariamente olho para elas e depois à minha volta, chego assim á conclusão que visto de fora todas olhamos de maneira igual umas para as outras. O que difere é o interesse. Grande ou pequeno? O objecto do olhar é ela ou as roupas?

sábado, 2 de julho de 2011

Regresso às origens

Aproveitei o facto de as coisas na universidade já estarem mais calmas (só me falta um trabalho e um relatório) para ir para casa, ao menos sempre estou entretida,vejo família, amigos, vizinhos e companhia,
ajudo em casa...Enfim, faço alguma coisa de útil. Para não falar que quando estou aqui, não sei... parece que esqueço alguns dilemas interiores, tentações e gozo o "tempo livre".  Finalmente consegui ir à praia, ainda assim este programa revelou-se uma surpresa. Principalmente quando vou com amigas, dou por mim a apreciar o corpo de algumas (algo que há anos seria impensável) e tenho tendência para observar mais raparigas do que rapazes. É algo natural, nem sempre me apercebo, mas quando dou por isso tento não dar muito nas vistas.

Estar em casa nunca soube tão bem, pedalar, rever pessoas, passear e recordar o bom que é morar onde moro:)

E depois de muitos dias de escola à frente do computador também é bom, estar longe periodicamente do monitor e da net;)

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sonho I

Hoje sonhei com a professora sexy. Foi um sonho aparentemente realista em que estava a dormir e quando abro os olhos aparece ela em roupa interior. Uma visão tão tentadora que expulsei quem dividia o quarto comigo. Não me lembro de mais nada. Mas só vê-la em sonho valeu a pena :)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Metade de mim

Preciso de me libertar, ser quem sou, amar quem amo.
Abraçar quem quero.
Beijar quem desejo.

Chegará o dia em que não conseguirei segurar a máscara....
Esta mascára cada vez mais pesada que apenas mostra metade de mim.
A outra metade luta para se manter escondida, com medo de ser rejeitada.
O tempo passa, nascem sentimentos, crescem sensações e o espaço para estas emoções escasseia.
Querem sair, expressar-se, gritar… porque faz parte da sua natureza serem demonstradas.
As férias aproximam-se. As festas da terra dão início a encontros e conversa com vizinhos, amigos, conhecidos. Aos meus olhos já não conheço estas pessoas, mas elas parecem conhecer-me. Perguntam-me pela universidade, se estou a gostar do curso, se tenho namorado. Educadamente digo que não, às vezes brinco com o assunto. Rimos.
No entanto, uma chama dentro de mim, parece apagar-se consoante as dúvidas aumentam. Gosto destas pessoas e da minha família. Nada me daria mais prazer do chegar ao pé deles e apresentar um namorado espectacular. Mas… e se eu me apaixonar por uma rapariga? O que faço?
Ser bi é ter o dobro das opções, o melhor dos dois mundos, mas também o dobro das dúvidas e de preconceito.
E também do romantismo… Conforme o estado de epírito, imagino-me com um rapaz ou com uma rapariga e nos dias bons com os dois.
A verdade é que não sei dizer se vou passar a minha vida com um homem ou uma mulher. Antes acreditava que seria com o primeiro, mas não posso controlar o que sinto e a verdade é que as raparigas cada vez me fascinam mais. Quer a nível físico ou emocional. Neste momento nada me daria mais gosto do que caminhar na universidade de mãos dadas com uma rapariga ou beijá-la numa saída típica de curso. Ou ser abordada por uma.
Este Verão vai ser crucial. Com muita tentação, mas sobretudo esperança de encontrar alguém que me ajude a libertar-me a mim própria. Porque estes sentimentos que tenho dentro de mim, precisam de ser explorados, aliviados. E porque também preciso de loucura. Dizem que o fruto proibido é o mais apetecido, não é? ;)

Foto do filme I Can't Think Straight 

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Confissão

Era fim-de-semana. Como era costume, saí com uma das minhas melhores amigas e as irmãs dela.
Ao sair do carro, ela esperou que o trancasse e guardasse as chaves.
Caminhámos em direcção ao nosso destino.
Olhei para uma das irmãs delas que já ia a uma certa distância, com cabelo apanhado, vestido e saltos altos e exclamei:
- Eh lá, hoje a tua irmã veio vestida para arrasar!
- Ah pois veio...
Pouco depois, parámos. Ela queria dizer algo, mas parecia hesitante.
- A minha irmã veio assim para a namorada.
- Fixe. - Respondi sorrindo.
- Tu percebeste mesmo o que eu disse? - Perguntou espantada devido à minha reacção.
- Sim, a tua irmã vestiu-se assim para a namorada. Fixe. Apoiado! - Acrescententei teatralmente levantando a mão.
Ela sorriu.

A meio da noite, voltei a falar na irmã dela. Ao longo da conversa, percebi que ela tinha aceitado bem este assunto. Decidi mandar-lhe uma indirecta.
- Então não te admires se eu "virar" para o outro lado.
- Incógnita? Isto é uma confissão? A sério?
- Sim. Num dia rapazes, noutro raparigas. Não sei o que esperar.
- Bem, isto foi mesmo do nada, não estava à espera... - Confessou espantada.
- Nem eu estava à espera, não planeei contar, simplesmente achei a altura certa.

Após contar à minha amiga fiquei muito mais aliviada e orgulhosa. Afinal, contar a alguém era algo que me parecia impensável e que só faria mais tarde. Para minha surpresa senti-me ainda melhor comigo própria. Aceite-me melhor. Foi um pequeno passo que fez a diferença.

Mais tarde, fui levá-la a casa e antes dela abrir a porta, desci o vidro do carro e perguntei:
- A minha confissão está a salvo contigo?
- Sempre. - Foi a resposta mais verdadeira e sincera que ouvi em toda a minha vida. E nesse momento soube verdadeiramente que podia confiar nela.

domingo, 13 de março de 2011

A super hetero

Já passaram por aquela fase: Acho que estou a dar demasiada bandeira e o pessoal começa a reparar...?

Recentemente pensei isso. As minha colegas de escola estão mais sexy do que nunca e os meus olhares tornaram-se mais intensos e longos.

Inclusive mirei dos pés à cabeça uma rapariga que estreava um visual novo e embasbaquei em frente dela estupidamente a acenar a cabeça em vez de fazer um elogio: Ficas fixe assim. Acho que teria evitado muitas coisas que me remoeram a cabeça, porque suspeitei que o pessoal ou pelo menos a rapariga em questão tinha estranhado a minha atitude não só dessa vez mas em outras ocasiões também.

Dias depois surpreendi-me a mim mesma e a quem estava por perto ao soltar uma exclamação ao ver um rapaz bastante atraente em plena aula. Eles acharam piada, picaram-me e eu corei.
Moral da história: Se suspeitavam que eu fosse lésbica, naquele momento ninguém teve dúvidas de que eu era uma super hetero.

Certa vez, comentei com uma amiga que suspeitava que um conhecido dela era gay, porque via-o muito intímo na companhia de outros homens. "Então se é assim, ele é gay e eu sou lésbica"  A resposta dela foi a seguinte: " Não, tu não és, porque tu sabes apreciar e elogiar os rapazes".


domingo, 27 de fevereiro de 2011

Epifania

Foi uma semana estranha, na qual me isolei mais do que o costume e confrontei-me  mais do que nunca com situações às quais fugia sempre.

Pensei que ia dar em doida, passaram-me as maiores parvoíces pela cabeça.
Chorei e as lágrimas cairam, mas sentia-me vazia.
Parecia presa entre o desespero e a loucura, sentia-me desumana.
Olhei à minha volta e vi uma faca.
Algures dentro de mim ainda tinha "bom senso".
Primeiro fui confirmar se tinha pensos para feridas.
Então... Aproximei-me e agarrei-a.
O meu coração bombardeava de adrenalina e medo.
As minhas mãos tremiam, perante a estupidez que estava prestes a fazer...
Tremelicando deslizei o gume da faca na minha pele.
Nada.
Repeti o gesto com mais força... e medo.
Nada.
Na rua oiço uma voz que me fez recordar alguém.
E foi aí que percebi...


Esta avalanche de sentimentos culminou num encontro com respostas que não estava a espera de encontrar tão cedo... Ainda que quase diariamente me questionasse, se as iria descobrir.

Dei-me conta de emoções que não conhecia e de outras que há muito tempo estavam escondidas.

O que teria de mudar para viver como queria.
O que já era tempo de ultrapassar e atirar para trás das costas.

Não valia a pena fugir. Os problemas existem e chegou a hora de os enfrentar. Assim como a altura de me atirar de cabeça e fazer o que não gosto, mas que tenho de fazer pois faz parte da vida e do meu dia-a-dia e até do futuro. Embora entre em choque com a minha personalidade. Quem sabe talvez eu mude de opinião.

Semana esta que terminou com uma futura oportunidade profissional... O suficiente para ganhar a motivação que me faltava.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Devaneios

Entro na sala e sento-me numa cadeira das primeiras filas.

É com alívio que vejo algumas caras novas. Trazem frescura, quebra de rotina e quem sabe, novos horizontes.

Depois de todos se sentarem e ficarem em silêncio, a professora aproxima-se e começa a falar essencialmente da disciplina e do próximo trabalho.

Divido a minha atenção entre a locutora e uma das raparigas mais giras do curso. Observo as duas. A primeira elegante, com uma boa postura, empenhadissíma em transmitir as suas informações aos alunos. A segunda muito concentrada, segue todos os movimentos da professora, não perdendo pitada do que ela diz.

Divirto-me a observar a minha colega. A forma como ela olha, sorri e falar com a professora dá-lhe um ar mais doce, vulnerável, modesto e tímido. Parece ainda mais bela. É como se todas as defesas caíssem. Será que ela também tem um fraquinho pela professora?

Na sala há também um rapaz novo, mas como o meu inglês é quase inexistente ainda não troquei muitas palavras com ele. Apesar da sua língua materna não ser o português, tem um ar típicamente português. Olhos castanhos, cabelo escuro sob um gorro.

Reparo noutra rapariga de olhos azuis que parece ser estrangeira. À saída ela mete conversa comigo, ao contrário do que pensava, fala bastante bem português e os seus olhos são verdes. Caminhámos e conversamos um par de minutos até ela chegar à porta e despedir-se antes de eu ter oportunidade de fazer alguma pergunta.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Rascunhos

"?-?-2010
Há duas noites que tenho pesadelos. São dois pesadelos diferentes. As raparigas, não são as mesmas, mas o final é sempre igual: sou apanhada pela minha mãe aos beijos com uma rapariga. Tudo corre bem até elas tocarem com os seus lábios nos meus.
Pensei que conseguia esconder este sentimento, mas a cada dia que passa sinto que um dia vou ter de confessar o que sinto."

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Eu sou...

Lésbica?
Bissexual?
Heterossexual?

Conduzo devagar.
Sozinha no carro digo em voz alta estas três palavras.
Eu sou bissexual.
Eu sou lésbica.
Eu sou hetero.

Preciso de saber como me sinto depois de as dizer e ouvir. Apesar de proferir cada frase com uma afirmação, sinto dúvidas.

A verdade é que me soam as três a falso.

As únicas palavras que soam à mais pura das verdades são: Eu gosto de raparigas e rapazes.

Acho a sexualidade demasiado complexa para resumi-la a um único rótulo. Nem quero ficar presa a um... Para quê perder tempo com isso, quanto o que importa é descobrir com quem me sinto bem independentemente de ser rapaz ou rapariga?