terça-feira, 25 de novembro de 2014

O começo de uma nova amizade?

No último post falei de um sonho que tive com uma colega. Confesso que me assustei e fiquei com receio de que isso significasse que nutria sentimentos mais profundos por ela. A linha entre a amizade e o amor é ténue. Ainda não sei distingui-la, pois vivo as emoções com intensidade. O facto de conhece-la há pouco tempo também me influenciou, pois se fosse o sonho com uma amiga que conheço há anos e estou segura da minha amizade por ela, descartava completamente a hipótese ser um sinal de que sentia algo mais.

Para minha surpresa quando estou com ela esqueço-me do sonho e ajo de uma forma absolutamente normal. Falámos, estamos à vontade uma com a outra. Sem que o planeasse parece que está a nascer uma amizade entre nós duas:)

imagem Google

Há dias fui sair à noite, encontrei-a e ela deu-me boleia até a casa. Foi uma boa oportunidade para nos conhecermos melhor. A conversa acabou por chegar ao assunto namorados. Desabafei um pouco sobre o meu ex. As duas temos um ponto em comum: nesta altura do campeonato, não temos tempo nem pachorra para namorar. Entretanto mandei mensagem aos meus pais a avisar que estava quase a chegar e não tinha chave. Quando dei por mim já estávamos a chegar. A minha amiga fez questão de me levar até à entrada de casa.
Vi a minha mãe na rua. Olhou para nós com uma cara muito admirada:
- Bem, vocês chegaram depressa.
- Ela conduz como uma maluca - Respondi eu. - Uma maluca cuidadosa. - Corrigi, pois apesar de chegarmos depressa, ela não tinha uma condução perigosa.

Rimos as três e despedimo-nos. Já era de madrugada. Olhei para a rapariga e fiz-lhe o pedido cliché: Manda-me mensagem quando chegares a casa.  Ela concordou.

Minutos depois o telemóvel tocou. Era uma mensagem dela. Nasceu um sorriso nos meus lábios. Perguntei-me a mim mesma, porque é que uma simples SMS dela me fazia sentir tão feliz.

imagem Google


Tive alguma dificuldade em dormir nessa noite, pois além de não ter sono, também não conseguia parar de pensar nela.
Desde quando uma amiga me rouba assim os pensamentos? Isto será só amizade? Gosto dela? Sim. Quero beijá-la? Não. Quero tocar-lhe? Não. Quero conhecê-la melhor? Sim. Quero estar mais tempo com ela? Sim.

Então só sinto amizade, concluo. Há vários tipos de amor: amor de namorado(a), mãe, pai, irmã(o), amigo... Mas faz-me confusão estes sentimentos em relação a esta minha amiga. Talvez porque receio que mais tarde se transformem em algo maior. Talvez ande a ver demasiados episódios do Faking It...

Talvez, talvez... O melhor é não fazer filmes e viver um dia de cada vez.

E vocês acham que estou a fazer filmes? E tudo não passa de uma amizade? Também sentem-se confusos em relação a alguém?

sábado, 15 de novembro de 2014

Um sonho demasiado realista

Hoje acordei e surpresa...
Tive um sonho com uma colega de curso. Para variar foi um sonho realista.

Não sei se os vossos sonhos são como os meus... demasiado realistas. Podem ter contextos normais ou estúpidos, mas a mim parecem-me sempre reais. Basicamente só os distingo da realidade quando acordo e me apercebo de que sonhei com algo. Uma vez por acaso, lá me apercebo no sonho de que estou a sonhar, mas é raro.

Ao chegar a casa, como é normal falei das aulas e mencionei várias vezes essa colega. Talvez isso tenha despertado algo no meu subconsciente e daí ter sonhado com ela.

Bemmm, o que vocês querem saber... É... Como foi o sonho? Não é?

Vou contar:

Ela convidou-me para ir a casa dela. Conversámos imenso, levamos o dia muito amiguinhas. Depois dei por nós duas no quarto dela.
Tocávamo-nos mais que o habitual. Longas carícias nas mãos, ela sentada no meu colo... Muita cumplicidade...  Havia sem dúvida um clima...

Adormeci na cama dela e quando acordei estava sozinha.
Mas estive a sós por pouco tempo.
Ela chegou depois de uma corrida matinal e quando nos vimos sorrimos ambas de orelha a orelha.
A rapariga vinha com o cabelo preso num rabo de cavalo, equipada com ténis, vestia t-shirt e leggings justinhos que realçavam as curvas do seu corpo.

Subiu para a cama e veio cumprimentar-me com um beijinho na cara. Apercebi-me antecipadamente da sua intenção e aproveitei-me à grande para me desviar... e dar-lhe um beijo nos lábios.
Fui invadida por uma sensação espectacular: senti-me completa, como se estivesse a ser eu mesma e deixado para trás os medos e preconceitos.
Os beijos multiplicaram-se. Não conseguíamos parar:)
O melhor era sentir que esse carinho e amor me era retribuído.

 Lesbian Kiss II by robert80x

Acordei muitíssimo bem disposta.

Tentei encarar o sonho de ânimo leve e não fazer filmes. Para quando estar novamente com ela não agir de forma estranha. Até porque, bem vistas as coisas se eu ficasse embaraçada ou deixasse de falar com toda a gente com quem beijo e me envolvo nos sonhos, provavelmente não falava com a maioria das pessoas. Aos poucos vou-me esquecendo da maioria dos sonhos e das personagens envolvidas.

Fiquei um pouco surpresa por sonhar com ela, mas a verdade é que simpatizo bastante com ela. É boa pessoa,  sinto-me absolutamente tranquila ao falar com ela e tem um sentido de humor seco e sarcástico que adoro. Curiosamente é mais velha e tem a mesma idade que o meu ex tinha quando eu namorava com ele. A balança pesa nos lados das raparigas sem dúvida, mas estou curiosa para saber se me irei surpreender novamente a mim própria e envolver outra vez com alguém mais...maduro?

E vocês? Que tipos de sonhos costumam ter? :)

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Actualização após ausência

Desculpem a minha ausência, perdi o acesso ao blog... Aos poucos fui-me esquecendo dele. Até que voltei a reler alguns posts e alguém me perguntou porque tinha deixado de actualizá-lo?
Ora cá estou eu de novo, no último post estava todo nostálgica por reencontrar-me com alguns colegas de universidade depois de licenciar-me. Agora estou de volta aos estudos.

Deixei de beber álcool e de andar nas noitadas. Entretanto comecei a namorar com um rapaz. Infelizmente as coisas não correram bem e terminei a relação. Apesar de ele não ter sido o amor da minha vida, custou-me pois estava a esforçar-me e ele parecia mais concentrado no trabalho. Enfim, não me senti valorizada. Por isso decidi, só voltar a ter uma relação quando encontrar alguém que me dê valor, mostre merecer o meu tempo e me inspire a ser melhor pessoa.

Agora estou concentrada em mim, a despertar a boazona que há em mim. A aprender a ser feliz sozinha. Já sou quase especialista, visto que estive mais tempo solteira do que comprometida. Estar sem namorado(a) não tem de ser algo propriamente negativo, afinal passamos mais tempo connosco próprios, por isso faz sentido que descubramos como ser felizes sem ninguém ao nosso lado.

Decidi ter apenas amigos e esquecer os namoros por uns tempos. Tenho conhecido pessoas novas e é uma sensação fantástica estar simplesmente a falar com alguém, sem pressões, nem tentativas de engates ou segundas intenções. Sinto-me mais calma e o meu coração menos acelerado e nervoso.

Curiosamente tenho falado mais com raparigas e no início do ano assustei-me, porque parecia que estava a sentir algo por uma colega e até me afastei dela. Depois acabei por pensar melhor e perceber que estava a ser parva. "Não te passes da cabeça, só estás a ser simpática. É normal sentires empatia e ligação com alguém, não significa propriamente um interesse maior da tua parte e que gostes dela. Respira fundo."

Quanto aos rapazes, tenho sido sincera e evito dar falsas esperanças. Nem tenho aceitado convites para sair quando sinto que eles têm um interesse maior.

Para acabar... Tenho estado viciada em Faking It. A série é o máximo. Farto-me de rir com o elenco. Tem sido interessante acompanhar o percurso das duas amigas. Hoje sai o 8º episódio da 2ª temporada. A ver o que sai dali...




P.S: Espero que o próximo post seja um bocado mais alegre:) A escritora está enferrujada. Estejam a vontade para comentar:P



segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Nostalgia pós-universidade

Os bons tempos de universidade já lá vão, concluí o curso com um misto de orgulho, alegria e alguma nostalgia. A verdade é que a entrada na faculdade foi um dos pontos mais altos da minha vida, a concretização do sonho. Dificilmente conseguirei igualar a alegria e euforia dos primeiros dias.

Talvez preciso de perseguir novos sonhos em vez de ficar a pensar em velhas e boas recordações que ficaram para trás... Muita gente diz que é fácil entrar na universidade, o pior é acabar o curso. Mas ninguém nos alerta para as saudades que vamos sentir.

Fui a um jantar de curso para matar as saudades e conhecer a nova fornada de caloiros: todos os anos conseguem superar a loucura e boa disposição dos antecedores. É um vício viver estes rituais, mas a verdade é que o meu trabalho já foi concluído. Vendo a situação de fora, sinto-me bem vinda só que já não faço parte, a sensação não é a mesma.

Agora concentro-me em singrar na área para a qual estudei, tento manter-me ocupada, seguindo em frente. Acima de tudo tenho-me estimado melhor. Tento arranjar rituais saudáveis, levantar cedo, deixar de beber café e álcool (este está unicamente reservado para situações sociais com amigos), aumentar auto-estima e tornar-me aos poucos no verdadeiro EU: mais cuidados com o corpo e esforços para conjugar roupa que está no armário. Investimento em calçado e acessórios: botas com tachas e salto-alto baixo - sem riscos de cair e mantêm-se a elegância.

Isto tudo para aturar a pessoa com quem passámos mais tempo: Nós próprios, porque se não cuidarmos de nós, quem cuidará?

P.S: Recebi notícias de 2 pessoas muito importantes para mim que estão noutras cidades, não sei se têm noção do impacto que têm na minha vida. Soube bem serem elas a dirigirem-se a mim, uma vez que sou eu a contactá-las a maior parte das vezes. Fiquei com um sorriso parvo e o ego maior.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Endiabradas pela loucura

                                                                                                       O
Estamos ambas sentadas à mesa, a jantar.                                                                              
Sentadas lado a lado.
No entanto a refeição à nossa frente é ignorada.
Há urgência em expressarmos fisicamente...
Sentimentos que nos invadem
O amor...
A química...
A lúxúria...
Que ambas sentimos.
Entre nós
Há uma certa intimidade
Na forma como as nossas mãos tocam-se
Delicadamente deslizo a mão
Pelo seu braço
Apreciámos o contacto da pele
Até a minha mão chegar ao seu joelho

Endiabradas pela loucura
Esquecemo-nos de onde estávamos
Estamos ambas sentadas à mesa, a jantar.
Sentadas lado a lado.
... a refeição à nossa frente é ignorada.
Há urgência em expressarmos fisicamente...
Sentimentos que nos invadem
A mesa é enorme
Um banquete
As pessoas sentadas à mesa
São demasiadas.

Mas parecem completamentos alheios aos nossos actos
Deslocados do cenário em que se encontram

Ao olhar não reconheço rostos nem formas,
Apenas um turbilhão de cores e movimentos

Delicadamente deslizo a mão
Desde o joelho
Até ao interior das suas coxas

Sinto as suas cuecas
Sem pensar duas vezes
Começo a deslizar os dedos
Em formas de círculos
Sobre o seu cícloris

Ela começa a sentir prazer
A contorcer-se
Prestes a chegar ao orgasmo...






terça-feira, 31 de julho de 2012

A nadadora-salvadora

A atracção entre rapazes e raparigas é uma constante na minha vida desde os 16 anos, felizmente parece que a balança ultimamente tem vindo a equilibrar-se e já não me preocupo tanto com a tendência de olhar mais para A ou B, sentir algo por ela ou ele... Agora encaro como um factor surpresa, sem tentar adivinhar se será uma rapariga ou um rapaz.

Aproveitei para ir à praia com uma amiga e a minha irmã. Fomos para a concessão de uma nadadora-salvadora que já tinha visto numa poutra ocasião, naquele mesmo local a vigiar. Instalamo-nos, abrimos o sombreiro e fomos à água. O dia estava óptimo para estar na praia, bandeira verde, maré baixa, a água parecia que tinha uma temperatura agradável.

Avistei a tal nadadora-salvadora a falar com um colega bastante giro, talvez o mais atraente da praia. Entretanto, eu e a minha irmã decidimos jogar à raquete. Somos um bocado nabas a jogar, mas adeptas do desporto. Nada nos impede de jogar e divertir à custa da nossa apontaria. Por precaução, saímos da zona de visão da nadadora-salvadora que chegara e começamos a jogar.

Não tardou até começar a começar a apanhar a bola que teimava em ir em trajectórias mais altas do que a minha capacidade humana para acertar com a raquete.

E por pouco... a nadadora-salvadora não levou com a bola na cabeça. Esperei que a minha irmã a fosse buscar, pois fora ela a culpada. Só então ousei, olhar para trás e ver a reacção da quase-vítima.

Lançou um sorriso de orelha-a-orelha, estava bem disposta e mais gira. Não consegui ler mais a linguagem corporal, nem o olhar pois estava de óculos de sol. Retribuí o sorriso e agradeci profundamente por estar também protegida sob lentes escuras. Iria mostrar um olhar um bocado atrapalhado, mais exagerado do que o necessário, numa situação tão banal.

Decidimos ir à água, coloquei-me de costas, no campo de visão dela como quem ia buscar para o sombreiro e de forma provocante, desejando que ela estivesse a olhar, despi a t-shirt.

Na água, até ponderei afogar-me, para despertar a atenção dela, já que não tinha coragem de meter conversa, mas achei uma estupidez e desisti de tal ideia.

Lancei alguns olhares na direcção dela, parecia estar a olhar ora para a água, ora para o telemóvel.

Saimos da água, voltámos para a toalha. Algum tempo depois deitei um olhar rápido para trás e ela parecia que estava a olhar.


Mais tarde, fui jogar novamente à raquete, mas para minha decepção ela já não estava no posto de vigia.

Ao ir embora, avistei-a novamente com o colega.


terça-feira, 15 de maio de 2012

Chegou o calor e a (re)atração pelos rapazes

O calor chegou sem aviso. E a (re)atração pelos rapazes também. Pessoalmente, acredito que somos todos bisexuais, porque para mim a sexualidade não é uma linha estável. Em diferentes fases da nossa vida nos sentimos atraídos por homens, mulheres, ambos ou até por ninguém em especial.

Houve alturas em que pensei se não seria lésbica, mas a atração por rapazes, ainda que fosse muito pequena, fazia-me excluir essa opção ou simplesmente evitava masacrar-me à procura de um rótulo que me identificasse. Mas uma palavra é apenas uma pequena parte, de uma frase ou de um texto. Felizmente o que nos define é a nossa personalidade, as nossas acções.

A véspera do Verão faz-me sentir facilmente atraída fisicamente por rapazes com quem me cruzo na rua, a atenção pelas raparigas diminui e é como se o meu corpo se lembrasse que não dedica tempo ao sexo oposto. Já me surpreendi a mim mesma, a correr com o portátil na mão, até à casa do meu vizinho que é um craque em informática para lhe perguntar se tinha algum vírus no pc ou se ia perder os ficheiros todos - algo impensável à meses devido à vergonha. Só falavamos na presença de alguém em comum e sozinho era só oi ou algo relacionado com computadores. Ou a meter conversa com um rapaz que conheço de vista. Sinto-me mais descontraída e confiante.

As raparigas deixaram de ser o fruto proibido (por enquanto). Não sei parece que estou numa fase diferente.

P.S: Desculpem o texto destruturado, senti falta do blog e decidi escrever algo, mas parece que estou enferrejuada. Consequências de ficar longos períodos sem ler um bom livro. Os livros educam-me literalmente, ortograficamente e dão-me inspiração :)