terça-feira, 31 de julho de 2012

A nadadora-salvadora

A atracção entre rapazes e raparigas é uma constante na minha vida desde os 16 anos, felizmente parece que a balança ultimamente tem vindo a equilibrar-se e já não me preocupo tanto com a tendência de olhar mais para A ou B, sentir algo por ela ou ele... Agora encaro como um factor surpresa, sem tentar adivinhar se será uma rapariga ou um rapaz.

Aproveitei para ir à praia com uma amiga e a minha irmã. Fomos para a concessão de uma nadadora-salvadora que já tinha visto numa poutra ocasião, naquele mesmo local a vigiar. Instalamo-nos, abrimos o sombreiro e fomos à água. O dia estava óptimo para estar na praia, bandeira verde, maré baixa, a água parecia que tinha uma temperatura agradável.

Avistei a tal nadadora-salvadora a falar com um colega bastante giro, talvez o mais atraente da praia. Entretanto, eu e a minha irmã decidimos jogar à raquete. Somos um bocado nabas a jogar, mas adeptas do desporto. Nada nos impede de jogar e divertir à custa da nossa apontaria. Por precaução, saímos da zona de visão da nadadora-salvadora que chegara e começamos a jogar.

Não tardou até começar a começar a apanhar a bola que teimava em ir em trajectórias mais altas do que a minha capacidade humana para acertar com a raquete.

E por pouco... a nadadora-salvadora não levou com a bola na cabeça. Esperei que a minha irmã a fosse buscar, pois fora ela a culpada. Só então ousei, olhar para trás e ver a reacção da quase-vítima.

Lançou um sorriso de orelha-a-orelha, estava bem disposta e mais gira. Não consegui ler mais a linguagem corporal, nem o olhar pois estava de óculos de sol. Retribuí o sorriso e agradeci profundamente por estar também protegida sob lentes escuras. Iria mostrar um olhar um bocado atrapalhado, mais exagerado do que o necessário, numa situação tão banal.

Decidimos ir à água, coloquei-me de costas, no campo de visão dela como quem ia buscar para o sombreiro e de forma provocante, desejando que ela estivesse a olhar, despi a t-shirt.

Na água, até ponderei afogar-me, para despertar a atenção dela, já que não tinha coragem de meter conversa, mas achei uma estupidez e desisti de tal ideia.

Lancei alguns olhares na direcção dela, parecia estar a olhar ora para a água, ora para o telemóvel.

Saimos da água, voltámos para a toalha. Algum tempo depois deitei um olhar rápido para trás e ela parecia que estava a olhar.


Mais tarde, fui jogar novamente à raquete, mas para minha decepção ela já não estava no posto de vigia.

Ao ir embora, avistei-a novamente com o colega.


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